MENSAGEM DA UDIPSS-ÉVORA
09.08.2020
Tendo a UDIPSS-Évora – União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évoratomado conhecimento que foi declarada ontem, dia 8 de Agosto, pela Autoridade de Saúde Pública a total resolução do surto de COVID-19 que eclodiu na Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) da sua associada Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, o que a todos nos enche de satisfação, julgamos ser este o momento oportuno para dirigir a todas as IPSS, aos seus dirigentes, profissionais e voluntários uma mensagem de reconhecimento, de valorização e de esperança:
RECONHECIMENTO pelo árduo trabalho e pelo esforço colossal que marcaram a vossa ação nos últimos meses, sempre com vista a garantir a segurança, a proteção e o bom serviço a todos aqueles (crianças, jovens, adultos e idosos) que estão ao vosso cuidado nas várias respostas sociais e, de modo particular, daqueles que se viram privados de poder de sair do seu domicílio mas a quem nunca nada faltou.
VALORIZAÇÃO da elevada capacidade de gestão que revelaram deter, tanto na organização e na mobilização dos recursos internos como na transmissão aos utentes, aos seus familiares e às comunidades da coesão, resiliência e aptidão para reagir à crise que tão bem caracterizam o Setor Social e Solidário em Portugal.
ESPERANÇA de que no futuro, ainda que novas vagas desta pandemia possam surgir, estaremos mais fortes e mais unidos e responderemos ainda melhor, pois a turbulência é sempre rastilho da revitalização e da reinvenção de objetivos, de estratégias e da ação.
Os próximos tempos serão profundamente desafiantes para todas as IPSS. Será preciso, por um lado, dar seguimento ao trabalho desenvolvido até aqui por via das respostas sociais “clássicas” com uma forte aposta no reforço das medidas preventivas, o que necessariamente implicará investimento de ativos tangíveis, humanos e financeiros. Por outro lado, e no cumprimento daquela que é a sua missão, as instituições sociais terão de intensificar o seu acompanhamento lateral às comunidades em que se encontram inseridas para que os eventuais impactos negativos do choque que atravessamos possam desde logo ser mitigados.
Tendo presente que nos aproximamos a passos largos do ano em que assinalaremos os 25 anos da celebração do Pacto de Cooperação para a Solidariedade Social, subscrito a 19 de Dezembro de 1996 pelo Estado Português e pelas estruturas representativas do Setor Social, será também este o momento de concertadamente (Instituições e Estado), num espírito construtivo e de diálogo ativo, começarmos a perspetivar que Modelo de Cooperação aspiramos para o futuro, que níveis de especialização desejamos em cada uma das respostas sociais, de que forma responderemos em conjunto aos problemas sociais emergentes e quais as metas e indicadores de impacto que servirão de suporte à monitorização de uma intervenção que se quer reconfiguradora e transformadora.
Acreditamos que todas as instituições estarão à altura dos desafios que se seguem e sabemos que nenhuma baixará os braços, pois, não obstante as nossas limitações individuais, temos no coletivo a inspiração, o alento e o suporte para um trabalho que é basilar para a nossa sociedade e cujo propósito primordial não é mais do que a promoção do bem comum.
Bem hajam!